Construção civil em alerta: a escassez de talentos chegou à diretoria
- Blog do Jobs
- 17 de jun.
- 2 min de leitura
A falta de profissionais qualificados já não é exclusividade do canteiro de obras. Empresas do setor enfrentam dificuldades para contratar do operacional ao C-level — e isso ameaça a sustentabilidade do crescimento.

O mercado imobiliário brasileiro segue aquecido, impulsionado por programas habitacionais, novas demandas regionais e um ciclo de juros mais estável. Mas um problema vem travando a expansão: a escassez de profissionais qualificados na construção civil.
Segundo levantamento da FGV, mais de 80% das empresas do setor relatam dificuldades para contratar — e o desafio vai muito além do canteiro de obras. Hoje, está difícil encontrar de pedreiros a executivos de alto escalão com o perfil técnico e comportamental necessário para sustentar projetos robustos e ambiciosos.
O cenário é duplamente desafiador: além da quantidade insuficiente de profissionais disponíveis, o mercado sofre com a baixa qualificação técnica e com a dificuldade em reter talentos preparados. Resultado? Obras atrasadas, custos elevados e terrenos parados por pura falta de equipe apta para tocar os projetos.
Fora dos grandes centros urbanos, a dor é ainda mais aguda. A expansão de incorporadoras e construtoras para o Norte, Nordeste e interior do país esbarra em um gargalo logístico e humano: os profissionais mais qualificados estão concentrados no Sudeste — e a resistência à mobilidade geográfica segue alta.
Essa dificuldade tem reflexos diretos na estratégia e no crescimento das empresas. Muitos negócios promissores não saem do papel por falta de liderança técnica, visão de negócio e mão de obra capacitada em campo.
O problema não se resolve apenas com salários mais altos. Em um setor onde a qualificação ainda é um desafio crônico, tentar atrair profissionais prontos tem efeito limitado — e eleva os custos operacionais. A única solução sustentável passa por investimento: formação, capacitação, retenção e desenvolvimento de pessoas.
Empresas que desejam crescer de forma sólida nos próximos anos precisarão olhar para gestão de talentos como parte central da estratégia. Isso significa, na prática, construir planos de sucessão, investir em programas internos de formação, mapear competências-chave e atuar com visão de médio e longo prazo.
Enquanto isso não acontece, o risco é claro: a construção civil cresce no papel, mas empaca na execução. E um setor que não consegue atrair, formar e manter talentos — do chão de obra à cadeira de diretor — dificilmente consegue sustentar sua relevância em um mercado cada vez mais competitivo e exigente.
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