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O futuro da Construção também é jovem: como construir ambientes que atraiam e retenham novos talentos

  • Foto do escritor: Blog do Jobs
    Blog do Jobs
  • 3 de abr.
  • 2 min de leitura

Entenda os desafios e oportunidades na relação entre o setor da construção civil e a nova geração de profissionais.


A construção civil é um dos setores mais tradicionais da economia brasileira — responsável por mais de 6% do PIB e com uma força de trabalho que ultrapassa os 7 milhões de profissionais. No entanto, a presença de jovens ainda é limitada, especialmente em funções técnicas e de liderança.


De acordo com uma pesquisa da FGV, apenas 13% dos profissionais da construção têm menos de 30 anos, enquanto a média etária dos gestores do setor ultrapassa os 45. Além disso, levantamentos da CNI e do IPEA indicam que a construção é percebida como um ambiente conservador, com pouca inovação e baixa atratividade para as novas gerações.


Isso nos leva a uma pergunta essencial: como atrair, desenvolver e reter os jovens talentos que podem impulsionar o futuro do setor?


Pensando nisso, o LigaJobs iniciou 2025 promovendo uma roda de conversa com profissionais da construção civil sobre esse tema tão urgente: a relação do setor com a nova geração.


Nosso objetivo era claro: abrir espaço para escuta, provocar reflexão e construir, juntos, caminhos possíveis para um ambiente mais atrativo, saudável e sustentável para os jovens profissionais.


Convidamos também uma estudante de Engenharia Civil, que está ingressando agora no mercado como estagiária. Sua participação foi essencial para enxergarmos o setor pelos olhos de quem está começando — e entender suas dúvidas, expectativas e desejos.


O que discutimos — e aprendemos juntos


A roda de conversa levantou pontos importantes e revelou que os desafios vão além da contratação. A seguir, os principais insights que surgiram:


Valorização e reconhecimento


A valorização do trabalho dos jovens profissionais foi uma preocupação central. A geração atual busca reconhecimento real e visibilidade, não apenas recompensas financeiras. Como disse a participante convidada:"O que mais me motiva é saber que estou contribuindo. Quando meu esforço é reconhecido, sinto que vale a pena continuar."


Sobrecarga e comparação


A pressão para alcançar resultados rápidos e a comparação com profissionais mais experientes foi outro ponto sensível. Foi destacada a importância de ambientes que acolham o tempo de aprendizado e promovam autoafirmação e segurança emocional.


Lideranças preparadas para ouvir


A percepção de que muitos gestores não estão preparados para lidar com os novos perfis geracionais surgiu com força. A escuta ativa, o feedback construtivo e o respeito à individualidade foram apontados como diferenciais para reter talentos.


Contradições na busca por soft skills


Outro ponto relevante: as empresas desejam profissionais com boas habilidades comportamentais, mas muitas não investem em ferramentas de avaliação ou desenvolvimento que permitam identificar e nutrir esses talentos.É preciso alinhar o discurso com a prática.


Para onde podemos (e precisamos) caminhar?


A conversa mostrou que o setor da construção tem muito a ganhar ao se abrir para a nova geração. Mais do que adaptar processos, é necessário revisitar culturas organizacionais, investir em lideranças preparadas e criar ambientes onde os jovens se sintam parte da transformação.


O futuro do setor também é jovem — e começa com a forma como decidimos acolher, escutar e evoluir juntos.

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