Estudo revela que a construção civil brasileira é majoritariamente masculina e informal, com desafios para atrair jovens e mulheres, destacando a necessidade de industrialização e capacitação para o futuro do setor
Matéria publicada originalmente por Rafael Marko, Sinduscon-SP.
O perfil dos trabalhadores da construção civil brasileira revela um setor predominantemente masculino, com 7,065 milhões de ocupados em 2023, sendo 1,582 milhão no Estado de São Paulo.
A maioria dos trabalhadores é formada por homens com cerca de 41 anos e com ensino fundamental incompleto. Eles trabalham, em média, 37,9 horas semanais, principalmente de forma informal, e tiveram uma renda média mensal de R$ 2.116,13 no último ano. Já no Estado de São Paulo, o trabalhador médio tem 43 anos e ensino fundamental completo, com jornada média de 38,8 horas semanais e uma renda de R$ 2.552,99 em 2023.
Um estudo encomendado pelo SindusCon-SP à consultoria Ecconit destacou que o percentual de informalidade no setor no Brasil aumentou de 63,1% em 2012 para 67% em 2023. Apesar disso, a remuneração média permaneceu estável nesse período. No Estado de São Paulo, a informalidade diminuiu ligeiramente para 62,6%, embora a remuneração tenha caído 4,5% no mesmo período, com uma alta de 9,8% desde 2019.
No que diz respeito à formalidade, 25,5% dos trabalhadores da construção civil no Brasil são contratados com carteira assinada, com uma idade média de 37,9 anos e ensino médio incompleto. Em 2023, esses trabalhadores formais tiveram uma renda mensal de R$ 2.859,89, um aumento de 2,5% em comparação com 2019. No Estado de São Paulo, a formalidade representou 27,1% do setor, com os trabalhadores recebendo uma média de R$ 3.661,09, aumento de 8,3% em relação a 2019. As mulheres representam 12,4% dessa força de trabalho formal.
Atração de novos trabalhadores: O estudo destaca a necessidade urgente de atrair mais profissionais para a construção civil, especialmente jovens e mulheres. Uma das principais estratégias é investir na industrialização dos processos construtivos, o que pode tornar o setor mais atrativo ao oferecer empregos menos braçais e mais tecnológicos. Além disso, o investimento em capacitação dos jovens e divulgação das oportunidades no setor pode ser decisivo para reverter a dificuldade de atração de novos talentos.
Outra medida é envolver grupos como os “nem-nem” (jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham) e imigrantes, oferecendo formação e oportunidades no setor por meio de parcerias entre governos, associações e ONGs, criando uma nova fonte de mão de obra qualificada.
Como o LigaJobs tem ajudado? O LigaJobs se dedica a conectar empresas do setor da construção civil a profissionais qualificados, facilitando o processo de divulgação de oportunidades e atração de novos talentos. Através de uma abordagem estratégica de recrutamento e seleção, o LigaJobs amplia a visibilidade das vagas disponíveis, criando uma ponte eficiente entre empresas e candidatos, e promovendo a inserção de jovens, mulheres e outros grupos no mercado de trabalho. Essa atuação é essencial para reverter a dificuldade de atração de profissionais, especialmente em um setor que busca inovação e crescimento contínuo.