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Crise na Engenharia: O Brasil precisa de 75 mil engenheiros para atender à demanda do mercado

Foto do escritor: Blog do JobsBlog do Jobs

O déficit de profissionais compromete o desenvolvimento da infraestrutura e impacta diretamente o setor da construção civil.

Imagem: onovonormal
Imagem: onovonormal

A engenharia é um dos pilares do desenvolvimento econômico e social de um país. No entanto, o Brasil enfrenta um desafio alarmante: um déficit de aproximadamente 75 mil engenheiros, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse cenário compromete a evolução de setores estratégicos, incluindo a construção civil, que depende diretamente da expertise desses profissionais para garantir avanços em infraestrutura e inovação tecnológica.


Fatores que explicam a escassez de engenheiros


O déficit de engenheiros no Brasil é resultado de uma combinação de fatores estruturais e educacionais:


  • Evasão escolar: Muitos estudantes desistem da graduação em engenharia devido à complexidade do curso e à falta de incentivo.

  • Currículo desatualizado: O ensino da engenharia ainda está muito voltado para disciplinas teóricas, sem a devida conexão com as demandas reais do mercado.

  • Falta de investimento na educação básica: O déficit de formação em matemática e ciências exatas na base escolar afasta os jovens da área de engenharia.

  • Baixa remuneração e poucas oportunidades: Salários abaixo do piso da categoria e dificuldades na inserção no mercado fazem com que muitos engenheiros migrem para outras áreas, como tecnologia ou serviço público.


Impactos no setor da construção civil


A falta de engenheiros é especialmente prejudicial para a construção civil, que enfrenta dificuldades para preencher cargos técnicos e gerenciais. Sem profissionais qualificados, o setor sofre com:


  • Atrasos em projetos: Obras podem ser impactadas pela ausência de engenheiros especializados.

  • Aumento de custos: A escassez de profissionais pode elevar os salários da categoria e gerar custos adicionais para as empresas.

  • Baixa inovação: A falta de engenheiros reduz a capacidade do setor de adotar novas tecnologias e soluções construtivas sustentáveis.


O que pode ser feito para reverter esse cenário?


Para solucionar essa crise e garantir a formação de engenheiros qualificados para o mercado, é necessário um conjunto de ações coordenadas entre governo, universidades e setor privado:


  1. Revisão dos currículos acadêmicos: A inserção de disciplinas mais práticas e alinhadas às necessidades do mercado pode tornar os cursos mais atrativos e eficientes.

  2. Maior incentivo a estágios e parcerias empresariais: Estágios estruturados podem reduzir a evasão e aumentar a empregabilidade dos estudantes.

  3. Investimento na educação básica: Melhorar o ensino de matemática e ciências desde a infância pode estimular o interesse dos jovens pela engenharia.

  4. Valorizacão da profissão: Empresas e entidades de classe precisam atuar na valorização salarial e na melhoria das condições de trabalho dos engenheiros.


A falta de engenheiros no Brasil é um problema crítico que exige soluções estruturais urgentes. Para o setor da construção civil, essa escassez representa um entrave ao crescimento e à modernização das obras. Empresas do setor precisam atuar de forma estratégica, investindo em capacitação e atração de talentos para garantir um futuro mais promissor para a engenharia no Brasil.


Fica a reflexão: o futuro da construção civil depende de inovação e qualificação, mas sem engenheiros suficientes, o crescimento do setor pode ser comprometido. Como podemos tornar essa profissão mais atrativa para as novas gerações?

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