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A nova geração ainda quer trabalhar na construção?

  • Foto do escritor: Blog do Jobs
    Blog do Jobs
  • 29 de jul.
  • 3 min de leitura

Com a idade média dos trabalhadores em alta e dificuldades para atrair jovens, o setor da construção civil precisa rever sua imagem, práticas e estratégias de gestão para garantir renovação e crescimento sustentável.


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Em 2023, a idade média dos trabalhadores da construção civil chegou a 41,2 anos, segundo levantamento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Dez anos antes, esse número era de 37,4. O dado, à primeira vista sutil, revela uma mudança estrutural no perfil da mão de obra do setor. E acende um alerta: estamos envelhecendo sem renovar.


Por que os jovens não querem vir para a construção?


A construção civil ainda carrega o estigma de trabalho pesado, pouco valorizado e com poucas oportunidades de crescimento. Embora o setor tenha evoluído em produtividade, tecnologia e segurança, essa percepção permanece, especialmente entre os mais jovens e escolarizados.


Segundo a CBIC, trabalhadores com ensino superior completo têm menor propensão a aceitar empregos no setor. Há também uma dificuldade em tornar o ambiente de obra mais atrativo. Jornadas longas, pouca flexibilidade, ausência de benefícios estratégicos e uma cultura hierárquica ainda muito enraizada afastam esse público.


Para a nova geração, que valoriza propósito, desenvolvimento, ambiente saudável e reconhecimento, o setor ainda parece parado no tempo.


Sem jovens, não há futuro


A falta de renovação geracional é uma ameaça silenciosa. E se nada for feito, o apagão de mão de obra vai se agravar nos próximos anos.


A boa notícia é que existem caminhos possíveis, e eles já estão sendo testados por empresas mais estratégicas.


Como o setor pode (e precisa) reagir


1. Posicionamento da marca empregadora

As empresas precisam parar de se comunicar apenas com o mercado e começar a conversar também com potenciais talentos. Mostrar bastidores, investir em employer branding, destacar planos de carreira e projetos que envolvam tecnologia, sustentabilidade e inovação. A nova geração quer se ver no futuro da empresa antes mesmo de entrar nela.


2. Ambientes mais acolhedores e atualizados

Não basta trazer o jovem, é preciso fazer com que ele queira ficar. A cultura da empresa deve acolher ideias, investir em comunicação transparente, feedback constante, segurança psicológica e liderança empática. Uma geração que se acostumou a conversar com o mundo em tempo real não vai aceitar silenciamento ou autoritarismo sem propósito.


3. Formação técnica desde cedo

Parcerias com escolas técnicas, programas de jovem aprendiz, visitas guiadas e até experiências imersivas são formas eficazes de atrair o interesse de jovens para o setor. Mostrar na prática como funciona o trabalho e as possibilidades de crescimento ajuda a mudar a percepção de que a construção é uma profissão de fim de linha.


4. Incentivo à mobilidade interna e ao protagonismo

Quando um auxiliar vê um colega se tornar mestre de obras, ou um estagiário vira engenheiro de campo, acende-se uma esperança real. Oferecer trilhas claras de crescimento, dar visibilidade aos bons exemplos e incentivar a formação continuada são estratégias poderosas para reter talentos e mostrar que a construção também é lugar de protagonismo.


Oportunidades em vista para a nova geração


A construção civil está mudando, e quem entrar agora pode crescer junto.


Com o avanço de tecnologias como BIM, inteligência artificial, drones e impressão 3D, o setor exige um novo tipo de profissional: curioso, proativo, digital, analítico e colaborativo. A nova geração tem muito a contribuir — e também muito a aprender.


Além disso, com a crescente adoção de práticas ESG, obras sustentáveis e gestão baseada em dados, abre-se espaço para engenheiros ambientais, analistas de dados, gestores de inovação, entre outras funções que vão além da pá e do capacete.


O futuro da construção precisa da nova geração


Não é exagero dizer que o futuro da construção civil depende da sua capacidade de atrair e desenvolver jovens talentos.


E isso não vai acontecer sozinho. Requer uma mudança de cultura, de comunicação e de estratégia. Requer RHs mais preparados, líderes mais humanos e empresas mais dispostas a ouvir e investir.


Se você é gestor, essa é a hora de agir.

Se você é jovem e está de olho no setor, talvez esse seja o melhor momento para entrar. O que não falta é espaço para quem está disposto a construir.


No LigaJobs, ajudamos empresas da construção a se prepararem para esse novo ciclo, com soluções em recrutamento, formação de times, desenvolvimento de lideranças e atração de talentos.


Se você quer construir um RH preparado para o futuro, fale com a gente.



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