top of page

Dezembro Laranja: por que a construção civil precisa levar esse tema mais a sério do que nunca

  • Foto do escritor: Blog do Jobs
    Blog do Jobs
  • há 2 horas
  • 3 min de leitura

O verão chegou com força e, junto com ele, um alerta que não pode mais ser ignorado no setor da construção civil: a prevenção ao câncer de pele. No canteiro, onde o sol acompanha a jornada de trabalho, o risco é maior, a exposição é contínua e o impacto na saúde dos profissionais é direto.

ree

O Dezembro Laranja, campanha nacional de conscientização criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), reforça a urgência de olhar para esse tema com responsabilidade — e, principalmente, com ação.


E quando falamos de construção civil, isso deixa de ser apenas uma pauta de saúde e passa a ser também uma pauta de gestão, produtividade e segurança.


Segundo a SBD, o câncer de pele representa cerca de 33% de todos os diagnósticos de câncer no país, com mais de 185 mil novos casos por ano.

E adivinha quem está entre os grupos mais vulneráveis?


  • Trabalhadores que atuam ao ar livre

  • Profissionais que enfrentam exposição solar prolongada

  • Pessoas que passam anos acumulando radiação sem proteção adequada

Ou seja: o coração da mão de obra da construção civil.


O setor ainda enfrenta uma realidade conhecida por todos: jornadas amplas, calor excessivo, pouca sombra e necessidade de produção contínua — combinação que exige atenção redobrada.


Em muitas obras, o sol é visto como um elemento inevitável.

Mas o que muita gente ainda não percebe é que radiação UV é um risco ocupacional tão sério quanto quedas, ruído excessivo ou contato com produtos químicos.


A radiação solar pode causar:

  • Câncer de pele (melanoma e não melanoma)

  • Envelhecimento precoce da pele

  • Queimaduras

  • Ressecamento extremo

  • Dor, ardência e perda de sensibilidade

  • Lesões que, sem cuidado, podem evoluir para problemas graves


E o impacto não é só na saúde: trabalhadores que sofrem com queimaduras, tontura, insolação e desidratação produzem menos, faltam mais e têm menor resistência física ao longo da jornada.

Gestão moderna sabe: saúde e segurança não são custo — são produtividade.


A boa notícia é que a prevenção é simples.


A NR-21 e a NR-6 já preveem medidas para proteção contra intempéries e fornecimento de EPIs adequados.


A gestão da obra pode (e deve) garantir:


1. Protetor solar como EPI

Sim, o protetor pode ser tratado como EPI.O ideal é que seja FPS 30 ou mais, resistente ao suor e reaplicado a cada 2 horas.


2. Chapéu árabe e vestimentas adequadas

Chapéu com proteção para nuca, óculos com filtro UV e uniformes de tecidos leves e claros ajudam a reduzir a incidência direta do sol.


3. Hidratação constante

Água potável, gelada e disponível.A cada 20–30 minutos, pausas rápidas para reidratar evitam tonturas, queda de pressão e insolação.


4. Planejamento inteligente da produção

Sempre que possível, atividades mais pesadas devem fugir do horário entre 10h e 16h, faixa de maior radiação.


5. Sombra e pausas estrategicamente posicionadas

Áreas cobertas reduzem a temperatura corporal e diminuem riscos imediatos.


6. Treinamento e comunicação clara

A equipe precisa entender por que essas medidas salvam vidas.Diálogos de segurança, DDS temáticos e reforço visual fazem diferença.


Além de proteger vidas, as medidas reduzem:

  • afastamentos

  • acidentes por exaustão

  • queda de desempenho

  • rotatividade

  • custos médicos e previdenciários


E aumentam:

  • produtividade

  • conforto térmico

  • engajamento

  • retenção da equipe

  • responsabilidade social da empresa


Em um momento em que ESG e bem-estar são cada vez mais cobrados por clientes e investidores, empresas que cuidam de seus profissionais saem na frente.


A mensagem do Dezembro Laranja para o setor é simples


Sol é ferramenta, mas não precisa ser inimigo.

E saúde é ativo — não detalhe.

Proteger quem faz a obra acontecer é obrigação legal, humana e estratégica.

Se cada gestor, engenheiro, técnico de segurança e líder de equipe fizer sua parte, evitamos doenças graves e fortalecemos a cultura de segurança que o setor tanto precisa.

bottom of page